Alunos com altas habilidades ainda são “invisíveis”
- Publicado em Quarta, 24 Setembro 2014 13:51
Uma das atividades do 13º Didascálico – Mostra de Arte e Cultura do IFSC foi a palestra sobre Altas Habilidades/Superdotação, realizada nesta terça-feira, dia 23, no Auditório do Câmpus Florianópolis, com a equipe do Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação da Fundação Catarinense de Educação Especial (NAAH/S).
O objetivo foi conversar com professores e alunos no sentido de desmistificar o universo das altas habilidades e superdotação. Segundo a psicóloga do NAAH/S, Andréia Panchiniak, pessoas com alta habilidades são aquelas que apresentam um desempenho acima da média em alguma área do conhecimento, como matemática, artes, escrita, acadêmica, entre outras, ou em várias áreas ao mesmo tempo. Porém, muitos desses talentos passam despercebidos, ainda são “invisíveis” no ambiente escolar.
Atualmente, a Organização Mundial da Saúde estima que 3,5% a 5% da população em geral seja de superdotados. Alguns autores, no entanto, apontam que 15% a 20% da população apresenta alguma habilidade acima da média. Identificar esses alunos é um desafio, segundo Adréia, por vários motivos: um deles é a tendência que o sistema escolar tem de “nivelar” os alunos. “Aqueles que têm dificuldades são estimulados, e aqueles que aprendem mais rápido têm que esperar, são desestimulados”, afirma. Algumas vezes, o superdotado apresenta um comportamento rebelde, rivaliza com o professor, é desmotivado, hiperativo ou tem dificuldade em fazer amizades com colegas da mesma idade, o que faz com que seja identificado como “problemático”. Outra dificuldade diz respeito a questões culturais, como a diferença entre alunos e alunas. Atualmente, o NAAH/S atende 60 alunos, sendo 45 meninos e 15 meninas. Segundo Andréia, isso não significa que haja menos meninas superdotadas, mas que há menos atenção às habilidades delas.
Segundo Andréia, não há relação direta entre a superdotação e o sucesso profissional futuro do aluno, mas ele precisa ser estimulado e incentivado a desenvolver todo o seu potencial. Assim como os alunos com dificuldade de aprendizagem, também sofrem preconceito e incompreensão. Desde a década de 70, há legislação que prevê o atendimento a alunos superdotados, no âmbito da educação especial, porém, são poucas escolas que estão preparadas para receber esses alunos. Para a psicóloga, a sala de aula é o melhor lugar para identificar esses indivíduos, pois o professor poderá comparar o desempenho dele com o dos colegas.
Segundo Andréia, o IFSC é um bom exemplo de escola que promove o desenvolvimento de pessoas com altas habilidades/superdotação, pois a instituição incentiva o desenvolvimento das habilidades dos alunos e a busca pela excelência. “Muitos alunos nossos do NAAH/S acabam procurando o IFSC”, completa. Processo seletivo de ingresso e atração de estudantes de escola pública acabam atraindo esses estudantes. Ela cita as Olimpíadas do Conhecimento, como estratégia comprovada de identificação de jovens talentosos.
O que é o NAAH/S
O Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação da Fundação Catarinense de Educação Especial (NAAH/S) foi instituído por lei e tem como finalidade dar apoio a escolas, professores e pais de alunos com superdotação/altas habilidades. Também faz o diagnóstico dos estudantes e promove oficinas, como matemática, artes, produção textual, robótica, entre outros. O atendimento é voltado preferencialmente à escola pública e muitos ex-alunos do NAAH/S já ingressaram no IFSC.
O objetivo foi conversar com professores e alunos no sentido de desmistificar o universo das altas habilidades e superdotação. Segundo a psicóloga do NAAH/S, Andréia Panchiniak, pessoas com alta habilidades são aquelas que apresentam um desempenho acima da média em alguma área do conhecimento, como matemática, artes, escrita, acadêmica, entre outras, ou em várias áreas ao mesmo tempo. Porém, muitos desses talentos passam despercebidos, ainda são “invisíveis” no ambiente escolar.
Atualmente, a Organização Mundial da Saúde estima que 3,5% a 5% da população em geral seja de superdotados. Alguns autores, no entanto, apontam que 15% a 20% da população apresenta alguma habilidade acima da média. Identificar esses alunos é um desafio, segundo Adréia, por vários motivos: um deles é a tendência que o sistema escolar tem de “nivelar” os alunos. “Aqueles que têm dificuldades são estimulados, e aqueles que aprendem mais rápido têm que esperar, são desestimulados”, afirma. Algumas vezes, o superdotado apresenta um comportamento rebelde, rivaliza com o professor, é desmotivado, hiperativo ou tem dificuldade em fazer amizades com colegas da mesma idade, o que faz com que seja identificado como “problemático”. Outra dificuldade diz respeito a questões culturais, como a diferença entre alunos e alunas. Atualmente, o NAAH/S atende 60 alunos, sendo 45 meninos e 15 meninas. Segundo Andréia, isso não significa que haja menos meninas superdotadas, mas que há menos atenção às habilidades delas.
Segundo Andréia, não há relação direta entre a superdotação e o sucesso profissional futuro do aluno, mas ele precisa ser estimulado e incentivado a desenvolver todo o seu potencial. Assim como os alunos com dificuldade de aprendizagem, também sofrem preconceito e incompreensão. Desde a década de 70, há legislação que prevê o atendimento a alunos superdotados, no âmbito da educação especial, porém, são poucas escolas que estão preparadas para receber esses alunos. Para a psicóloga, a sala de aula é o melhor lugar para identificar esses indivíduos, pois o professor poderá comparar o desempenho dele com o dos colegas.
Segundo Andréia, o IFSC é um bom exemplo de escola que promove o desenvolvimento de pessoas com altas habilidades/superdotação, pois a instituição incentiva o desenvolvimento das habilidades dos alunos e a busca pela excelência. “Muitos alunos nossos do NAAH/S acabam procurando o IFSC”, completa. Processo seletivo de ingresso e atração de estudantes de escola pública acabam atraindo esses estudantes. Ela cita as Olimpíadas do Conhecimento, como estratégia comprovada de identificação de jovens talentosos.
O que é o NAAH/S
O Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação da Fundação Catarinense de Educação Especial (NAAH/S) foi instituído por lei e tem como finalidade dar apoio a escolas, professores e pais de alunos com superdotação/altas habilidades. Também faz o diagnóstico dos estudantes e promove oficinas, como matemática, artes, produção textual, robótica, entre outros. O atendimento é voltado preferencialmente à escola pública e muitos ex-alunos do NAAH/S já ingressaram no IFSC.