Atuar como professor é uma tarefa tão ampla e envolve tantas ações e providências que deveria ter um VERBO que resumisse todas essas ações. Sugerimos o verbo PROFESSORAR: eu professoro, tu professoras, nós professoramos, que tal?
Vamos utilizar esse neologismo como título desse espaço do Blog, para dividir com vocês, com breves relatos, algumas experiências interessantes desse nosso “fazer pedagógico”.
Não pensem que serão relatos de coisas certinhas, que aconteceram dentro dos padrões esperados para que sirvam de modelo pra isso ou aquilo. Bem que gostaríamos de poder colaborar dessa forma, mas não é esse o nosso objetivo nem a nossa pretensão, considerando que não estamos aptas a vir aqui sistematizar uma abordagem pedagógica, que vai além da atuação do professor e exige uma fundamentação histórico-teórica de responsabilidade coletiva, que envolve todos os profissionais da equipe do NAAH/S.
Nosso objetivo será tão somente, socializar procedimentos e estratégias, registrar nossas dúvidas e reflexões, mostrar algumas opções e compartilhar nossas alegrias nos diferentes momentos em que estamos a PROFESSORAR.
Sentimos falta de compartilhar experiências e procedimentos, de ter acesso a relatados de colegas sobre as situações do cotidiano da relação ensino-aprendizagem. Por outro lado reconhecemos que não é fácil expor um trabalho, ficando a mercê de críticas e opiniões, nem sempre feitas com bons propósitos. Mas, como optamos sempre por uma postura profissional desafiadora, para o nosso próprio enriquecimento, se conseguirmos colaborar em algum sentido, será ótimo. Nem que seja para alguém concluir que NÃO DEVE FAZER O QUE NÓS FIZEMOS. (Esperamos não fazer nada abominável, do ponto de vista pedagógico). Foi só uma brincadeirinha!
Inicialmente vamos apresentar um breve panorama do NAAH/S, discorrendo rapidamente sobre seu principal objetivo; a organização do atendimento aos educandos; a procedência e a forma como eles chegaram aqui; os profissionais fazem parte da equipe técnica; citar o referencial teórico da proposta pedagógica e mostrar algumas fotos do espaço físico utilizado.
Conforme já informado na identificação do Blog, o NAAH/S é o Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação de Santa Catarina criado com apoio da Secretaria de Educação Especial do MEC para, através das Secretarias da Educação de todos os Estados, atender os desafios acadêmicos e sócio-emocionais dos alunos com altas habilidades / superdotação.
O principal objetivo do NAAH/S é desenvolver metodologias para identificação, atendimento e desenvolvimento desses educandos nas escolas públicas e demais sistemas educacionais.
Com sede na Fundação Catarinense de Educação Especial – FCEE, no ano de 2007 o Núcleo iniciou o atendimento de cerca de 30 educandos que foram selecionados em escolas públicas e particulares, de Florianópolis e São José, a partir do indicativo de apresentarem potencial diferenciado em qualquer área: intelectual, motora, artística, criativa, etc.
Os educandos foram agrupados, basicamente, por faixa etária, interesses, e período que freqüentam a escola, pois comparecem ao NAAH/S, em média, dois dias por semana, durante 2h 30m, no período contrário ao da escola.
A equipe técnica do NAAH/S é formada, atualmente, por 01 coordenador; 02 pedagogas, 01 psicóloga e 03 professoras, todos servidores efetivos e ACTs da FCEE.
O referencial teórico do atendimento pedagógico tem sido o material bibliográfico do MEC e cursos de capacitação. Assim sendo, a ação pedagógica tem como base o Modelo de Enriquecimento Curricular de Renzulli com vistas ao processo de diagnóstico, considerando a fundamentação da Teoria Triádica de Inteligência de Robert Stemberg, a Teoria das Inteligências Múltiplas de Howard Gardner e a Teoria dos Três Anéis e Categorias de Altas Habilidades do próprio Renzulli.
O espaço físico utilizado para o atendimento dos educandos é constituído de 03 salas (Oficina de Lego Robótica, Oficina de Criatividade em Artes e Literatura e Sala de Jogos de Raciocínio Lógico-Matemático) , um corredor, 01 banheiro e 01 cozinha, pertencente ao CAMPUS da FCEE.
Dentre os materiais e equipamentos que dispomos, estão os que foram adquiridos com recursos financeiros oriundos do FNDE/MEC/SEESP, através do Projeto de Implantação do NAAH/S.
Na sala maior, com aproximadamente 24 m² temos:
04 computadores com sistema operacional
e capacidade básica, 01 impressora, 02 armários
01 quadro branco, 01 mesa para trabalho de, no máximo, 05 educandos...
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Prateleiras com livros de literatura infantil e infanto-juvenil e livros para pesquisa...
Na sala menor com, aproximadamente, 12 m² temos:
Uma mesa com 02 computadores, 04 cadeiras escolares com 01 mesa redonda, 01 armário, prateleiras improvisadas disponibilizando materiais de sucata e recicláveis diversos, tintas, pincéis, lápis, borracha, cola, tipos diversos de papéis, barbante, e tudo mais que se pode usar para realizar trabalhos de artes, artesanato, invenção de brinquedos, criação de personagens etc.
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Na sala de Jogos de Raciocínio Lógico-Matmático, com aproximadamente 24 m² temos:
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Vários tipos de jogos, kits do Planetário, cubos acrílicos e mapas.
Na cozinha com, aproximadamente, 6 m² para uso operacional e...
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lanche dos educandos.
A área externa da “Casinha”, como chamamos informalmente o nosso espaço físico, desfrutamos das belezas naturais do Campus da Fundação Catarinense de Educação Especial e professoramos também no aproveitamento desse ambiente.
Estamos situados na rota do “Caminho das Bananeiras”, por isso acompanhamos as atividades realizadas por professores e educandos de outras unidades da FCEE.
Saímos procuramos ninhos de rolinhas...
E encontramos!
Despistamos o beija-flor para, quem sabe, encontrar outro ninho?
E encontramos!
Fugimos quando uma fêmea de “Quero-Quero” ficou brava por chegarmos muito perto dos seus ovos...
Passar por aqui? Nem pensar!
Admiramos os detalhes da beleza das flores de pessegueiros.
Das laranjeiras...
Cuidamos dos nossos 02 canteiros de margaridas, bem na nossa porta.
Ajudamos essa natureza linda...
Adotando uma floreira!
Alguém disse que adolescente não gosta de plantar flores? Não, claro que ninguém disse.Ele lembrou que ainda não fez a placa, identificando a floreira que ele adotou.
Chamamos os amigos para uma lanchinho...
Vai um petisco bem “natureba”? Casa de marimbondo? Abandonada, obviamente!
Ameixas
Laranja
Amoras
Todas essas fotos foram tiradas por nós, educandos e professoras do NAAH/S, da área que ocupamos e que nos rodeia. Elas servem de motivação para os educandos elaborarem projetos relacionados à natureza. As fotos são elementos importantes do nosso projeto amplo de Professorar, cujo objetivo é despertar-lhes interesses.
Imaginamos que com essa breve apresentação, vocês já possam nos acompanhar nessa aventura, conjugando conosco o verbo professorar, sem divergências interpretativas de localização e estrutura física do nosso trabalho.
Até breve.